09 fevereiro 2006

Fim do blog

Este blog deixou de existir e foi substituído por este:

http://www.simplice.net

"O que era antigo passou; eis que surgiram coisas novas." (2 Coríntios 5:17)

06 fevereiro 2006

Novo blog

Finalmente, depois de algum trabalho, aqui está o novo blog:www.simplice.net! Neste momento ainda não está acabado em termos de conteúdo. Apesar de já ter todos os artigos e comentários do antigo blog, ainda não categorizei nem coloquei tags em todos os artigos. Isso será algo que ainda vai demorar alguns dias. Mas podem começar já a linkar para ele e a visitá-lo, pois já não irei colocar mais artigos aqui.

02 fevereiro 2006

Tornar-se muçulmano no Texas

Este vídeo é muito interessante. Alguns americanos contam como tem sido a sua experiência de conversão ao islamismo no Texas. A mim impressionou-me um bocado a falta de informação acerca do que é o islamismo.

31 janeiro 2006

Questão: Porque pediram os discípulos a Jesus para que os ensinasse a orar?

"Sucedeu que Jesus estava algures a orar. Quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João também ensinou os seus discípulos.» Disse-lhes Ele: «Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; dá-nos o nosso pão de cada dia; perdoa os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixes cair em tentação.»" (Lucas 11:1-4)

Nas nossas igrejas nós oramos publicamente, e uma das formas pelas quais aprendemos a orar, é ouvindo as pessoas à nossa volta que já o fazem à mais tempo.

Aqui vai uma pergunta para a qual ainda não tenho resposta. Jesus orava com regularidade. Sendo assim, porque pediram os discípulos para que lhes ensinasse a orar? Será que Jesus nunca orava publicamente? Será que ele orava sempre em privado? E se sim, quais são as consequências disso para a oração pública? Como devemos nós orar?

Procura-se informação sobre oração

Tenho estado à procura de sites ou livros que falem da forma como se orava na igreja primitiva. Como era a vida privada de oração? Como era a vida pública de oração? Quando é que se começou a fazer a oração como fazemos nos tempos de hoje? Que diferenças há?

Se conhecerem algum estudo interessante sobre o tema, agradecia que colocassem nos comentários onde é que posso pesquisar mais nesse tema.

29 janeiro 2006

A neve é uma coisa linda

Afinal sempre nevou hoje. E em Massamá nevou com grande intensidade. Ainda deu para fazer umas mini bolas de neve :)

É incrível como são as coisas mais simples que nos dão alegria.

26 janeiro 2006

Vai nevar este fim de semana em Lisboa?

Pelo menos as previsões parecem acreditar que sim.

update: Infelizmente a previsão já mudou :(

25 janeiro 2006

Crise de liderança

Apesar de este artigo falar da crise de liderança que existe neste momento nas igrejas japonesas, é fácil perceber que as igrejas portuguesas estão a passar pela mesma situação. Só não vê quem não quer ver...

Não fazemos as coisas com qualidade e segurança

Se por um lado levamos as coisas demasiado a sério, por outro lado, por incrível que pareça, fazemos as coisas sem qualidade e sem segurança.

Quantas igrejas conseguem apresentar projectos sociais com qualidade suficiente para receberem fundos comunitários? Quantas igrejas conseguem apresentar um projecto com qualidade para receber terrenos para a construção de instalações? Ou pior, quantas igrejas sabem que essas coisas existem?

Quantas igrejas têm extintores, planos de evacuação, caixas de primeiros socorros? Quantas igrejas têm seguros contra incêndios, roubos, acidentes? Quantos acampamentos e saídas são feitos sem os seguros obrigatórios?

24 janeiro 2006

Levamos as coisas demasiado a sério

Afinal de contas, uma igreja é uma família, não é um empresa. Se não há espaço para nos divertirmos e para rirmos, se a "obra" se torna mais importante que os relacionamnetos, do que é que tudo isto serve?

Pensar e fazer

Muitas vezes pensamos muito e fazemos pouco. Reclamamos e não mostramos alternativas. Ou se as mostramos, não temos coragem de as levar em frente. Acho que está na altura de irmos além disso.

23 janeiro 2006

Cavaco Silva

O que interessa é que o novo presidente da república é algarvio. O resto é conversa...

18 janeiro 2006

Como motivar toda a comunidade a fazer parte

As pessoas sentem-se motivadas a fazer algo quando têm relacionamentos com as outras pessoas que estão envolvidas, quando são incentivadas a usar as suas capacidades, e quando o seu trabalho é reconhecido pelos outros. Poderia parecer ciência nuclear, mas afinal é tão simples...

Reuniões sem objectivo

Depois de ontem ler um artigo que defende que as reuniões são negativas, hoje no comboio falei um pouco com uma amiga sobre uma situação muito semelhante.

Na minha opinião, não é que as reuniões em si próprias sejam más, eu acho é que a forma como as reuniões são feitas pode ser má. Sejam reuniões de trabalho, conferências, ou reuniões religiosas, se não há vida nelas, tornam-se completamente aborrecidas.

E como é uma reunião viva?

Primeiro, algo vivo nunca é igual. Pensem numa árvore e numa pedra. A pedra mantém-se imóvel, sofrendo apenas uma lenta erosão. A pedra é uma coisa chata, aborrecida. Já a árvore, por outro lado, move-se com o vento, cresce, modifica-se, perde ramos e folhas, rejuvenesce a cada ano, etc. Assim devem ser as reuniões, devem evoluir com o tempo, modificar-se, morrer e ressuscitar.

Segundo, algo vivo implica o envolvimento de todos os membros. Porque uma reunião não é apenas uma árvore, mas várias árvores em conjunto. Como seria uma floresta se apenas uma árvore fosse verde e frondosa, enquanto as outras ou estavam secas, ou estagnadas? Assim é quando apenas uma pessoa (ou um pequeno grupo de pessoas dentro de um grupo maior) é motivado a envolver-se na reunião. É o que acontece quando uma pessoa faz uma reunião para as outras.

Em vez disso, as reuniões devem ser feitas por todos, para todos, e devem mudar e evoluir ao longo do tempo.

E quando o líder não está?

Uma das formas de medir a vitalidade de uma comunidade, é ver o que acontece quando o líder se ausenta. Uma comunidade verdadeira continua a agir e a avançar mesmo quando o líder se ausenta, ao passo que uma comunidade dependente do líder hiberna durante a sua ausência, fazendo o mínimo necessário para a subsitência da comunidade.

O líder tem o papel de motivar as pessoas a desenvolverem e praticarem os seus dons. O principal papel do líder não é mandar fazer, é mostrar como se faz e motivar outros a fazê-lo. Se as pessoas estão dependentes do líder, o principal culpado é ele próprio, pois cabe a ele inverter a situação.

16 janeiro 2006

Fotos tiradas no Algarve

Este fim de semana estivemos outra vez no Algarve, para mostrar alguns dos melhores sítios a uns amigos estrangeiros, e acabei por tirar duas fotos interessantes. Fotografei a lua (nada de especial, devem existir milhares de fotos melhores que a minha, mas foi a primeira vez que fiz e por isso deu-me gozo), e fotografei um Mergulhão-de-crista (coisa que nunca tinha conseguido fazer). Fica aqui o registo.

LuaMergulhão-de-crista (Podiceps cristatus)

Estrela polar em triplicado

Aparentemente a Estrela polar são na realidade 3 estrelas. É para nos lembrar que aquilo que tomamos como definitivo nem sempre o é.

15 janeiro 2006

Froggy day

"D. Sebastião will come back on a froggy day."

Rã Verde (Rana perezi)

12 janeiro 2006

Falta de assunto

É interessante como há dias em que tenho assunto para vários artigos, e noutros dias mesmo que me esforce, não consigo lembrar-me de nada para escrever...

09 janeiro 2006

Resultados de ter uma foto no topo do flickr interestingness

- Durante uns breves segundos senti um bocado de orgulho, e depois desmanchei-me a rir.
- Em pouco tempo a foto teve mais de 500 pessoas a irem vê-la.
- Recebi mais comentários do que o normal.
- Fui acusado de estar viciado no flickr, e que já não ligava a uma determinada pessoa (puro exagero feminino).
- Mais algumas pessoas colocaram a foto como favorita (isto é interessante, ou seja, a partir do momento que estamos no top, o fosso entre nós e os outros aumenta ainda mais).
- Nem uma pessoa veio ter ao blog por causa disto, apesar de o link estar no meu profile.
- Arranjei bué assunto para o meu blog.
- Não ganhei nem fama nem fortuna. A fama nem me interessava, mas quem não quer fortuna?
- Por incrível que pareça, o facto de mais de 500 pessoas terem ido ver a foto não se reflectiu nas outras fotos. Ou seja, ao contrário do que eu pensaria, a grande maioria foi ver somente essa foto, e nem teve curiosidade de ver que outra fotos eu tenho.
- As pessoas gostam de fotos de pássaros coloridos, mesmo que a foto esteja mal enquadrada e que o pássaro seja o mais fácil de encontrar em qualquer parque e também o mais fácil de fotografar.
- OK, o pato real é ainda mais fácil de encontrar e fotografar que o pavão, mas perceberam o que eu quis dizer.

Como chegar ao topo no flickr interestingness

Ao que parece isto é algo que o pessoal quer saber, por isso vou descrever o que é necessário:

1- Uma máquina fotográfica (isto é essencial)
2- Um mínimo de noções de fotografia (isto não é essencial, como se prova pelo facto de eu ter conseguido)
3- Uma conta no flickr
4- Fazer-se membro de vários grupos (Por exemplo, o dos utilizadores da mesma máquina fotográfica, os dos temas das fotos, os de crítica fotográfica (MUITO IMPORTANTE), e os que nos der na telha).
5- Colocar várias fotos no flickr
6- Adicionar as nossas fotos aos grupos que tenham a haver
7- Adicionar várias tags às nossas fotos (não só as óbvias, mas por exemplo as cores dominantes da foto)
8- Procurar fotos interessantes de outras pessoas, e marcá-las como favoritas
9- Comentar fotos com alguma frequência
10- Adicionar as pessoas que têm fotos interessantes aos contactos
11- Adicionar pessoas que costumam comentar muito aos contactos

Bom, e para que é que serve ficar no topo? Bem, na realidade não serve para nada, mas algumas pessoas sentem-se realizadas. Ou na pior das hipóteses, dá sempre assunto para posts no blog. Vejam lá quantos já coloquei à conta disso...

Por outro lado, para quem é fotógrafo profissional (ou aspirante a) pode ser bom, torna o seu trabalho mais conhecido. Eu acho que as probabilidades de conseguir vender fotos através disto são um bocado remotas, mas não custa tentar.

Além disso, é bom notar que a maioria das pessoas que acabam por fazer com que as nossas fotos se tornem "interessantes" não são pessoas entendidas em fotografia. Logo, é muito natural aparecerem fotos normais no top, como se prova com as minhas.

Duas formas de decisão

Numa comunidade há duas formas de decidir as coisas.

A primeira, é quando o líder (ou equipe de liderança) decide o que se vai fazer, e depois comunica aos outros membros o que decidiu, pedindo a opinião do resto da comunidade. Mas independentemente do que as pessoas acharem, o seu papel principal será de defender a sua posição e convencer as pessoas de que é a melhor coisa a fazer. O resultado disso é a comunidade tornar-se amorfa, não participativa, deixando tudo a cargo do líder.

A segunda forma é quando tudo o que é decidido vem de todos, e não de uma equipa de liderança. As ideias são lançadas, mas a forma como vão ser implementadas e se vão ser implementadas é decidida por todos. O projecto só avança se for algo que todos desejam, e a forma como será desenvolvido partirá de todos, e será feito por todos. O resultado disso é uma comunidade participativa e motivada, onde os relacionamentos se mantêm fortes e saudáveis.

Sem dúvida que a segunda forma é muito mais fácil de fazer quando a comunidade é pequena. Para comunidades grandes algo diferente terá de ser feito, mas em comunidades pequenas não há razão para não usar a segunda forma.

Shalom

Ontem falávamos sobre Shalom, a palavra hebraica para paz, que tem um significado mais complexo. Significa também plenitude, quando ninguém deve nada a ninguém.

Para que haja Shalom, é necessário que as pessoas se considerem como iguais. Coisas como discriminação e hierarquização, que fazem com que umas pessoas se considerem superiores a outras, estraga qualquer possibilidade de existência de paz no nosso meio. Além disso, para que a pa seja atingida, além de ser necessário que as pessoas se considerarem ao mesmo nível, é necessário que haja diálogo. É necessário haver abertura de todas as pessoas para discutiras suas diferenças.

A paz deve reinar no seio da igreja, e isso alcança-se através do respeito mútuo e do diálogo.

06 janeiro 2006

Mais sobre a diferença de gostos

Para termos de comparação, estas foram as minhas fotos de 2005 que mais gostei (sem ordem lógica):

My 2005 favorites

Estas foram as que os outros mais gostaram (por ordem de preferência):

2005 Top 25 Favorites

Apenas 10 das 25 fotos estão nas duas listas.

A noção de necessidade

Ontem falavamos sobre a noção que temos de necessidade. A verdade é que à medida que a quantidade de dinheiro cresce, também cresce a necessidade que sentimos dele. Por exemplo, Portugal é um dos países mais ricos do mundo. Está no top 30. Mas se ouvirmos os portugueses falarem, parece que somos o povo mais pobre à face da terra. Uma pessoa que não consegue ter uma televisão acha-se pobre aqui em Portugal, mas se estivesse num dos países mais pobres do mundo, essa pessoa com as mesmas condições, iria considerar-se rica.

As necessidades que sentimos são relativas à noção que temos do mundo à nossa volta.

Qual a diferença entre história e estória?

Um profundo erro de vocabulário, pelo menos em português de Portugal. Desafio-vos a encontrar a palavra estória num dicionário português.

A Bíblia como biscoitos da sorte

Acho que todos nós conhecemos os biscoitos da sorte. São uns biscoitinhos chineses que têm lá dentro um papel com uma frase. Normalmente algo do tipo: "Você irá prosperar na próxima semana", ou então um provérbio.

Hoje vejo muitos cristãos usarem a Bíblia dessa forma. Tiram-se versículos avulso da Bíblia e esquece-se que a Bíblia é um conjunto de histórias, não um conjunto de provérbios. Histórias que têm um contexto, que tem um sentido que se perde quando se extrai apenas um versículo.

É triste ver a Bíblia reduzida a isso, a biscoitinhos da sorte.

Flickr Interestingness

O flickr tem um sítio onde coloca as fotos mais interessantes do dia. A classificação segue um padrão automático qualquer, em que contam as vezes que as fotos foram vistas, a quantidade de comentários, o número de pessoas que classifica a foto como favorita, e talvez outros padrões. durante algum tempo, esta foto esteve nas 10 mais interessantes de ontem, embora já não esteja:

Pavão (Pavo cristatus)

O sistema parece funcionar. O que eu não compreendo é porque é que as pessoas gostaram tanto desta foto. Na minha opinião tenho fotos bem melhores que estas que ninguém ligou. Isto tudo só para nos lembrar como a beleza é relativa, e está mesmo nos olhos de quem a vê.

Update: Não só voltou a estar nas 10 mais vistas, como neste momento passou para o primeiro lugar. O mundo deve estar louco...

05 janeiro 2006

Contemplar Deus

Quantas vezes caímos no erro de só fazer obras para Deus, e não tiramos tempo para o contemplar, para nos relacionarmos com ele? Não é o relacionamento mais do que a obra? O que vale mais? Deus, ou o seu Reino?

Contemplar a obra de Deus

Contemplar a obra de Deus é uma forma de nos aproximarmos dele. Mais algumas fotos que fui pondo no flickr:

Garajau (Sterna sandvicensis)Comité de Patos-reais (Anas platyrhynchos)Mainá-de-crista (Acridotheres cristatellus)
Rolas-do-mar e um Pilrito-das-praiasZarro (Aythya ferina)Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica)
Cotovia-de-poupa (Galerida cristata)Cotovia-escura (Galerida theklae)Flor
Maçarico-de-bico-direito (Limosa limosa)Abelharuco (Merops apiaster)Cisne-mudo (Cygnus olor)
Maçarico-das-rochas (Tringa hypoleucos)Cisne-mudo (Cygnus olor)Ganso-do-egipto (Alopochen aegyptiacus)
Ganso (Anser anser)Pavão (Pavo cristatus)

04 janeiro 2006

O sabichão

Por definição, ninguém tem o conhecimento absoluto a não ser Deus. Por isso não há lógica nenhuma em o ensino ser um caminho de um só sentido, em que a pessoa que tem o conhecimento (o sabichão) partilha o que sabe com os alunos (que se limitam a ouvir). Quando tomamos essa atitude, o resultado é o seguinte:

Primeiro, o conhecimento global não é aumentado. Apenas parte do que o "mestre" sabe passa para os "discípulos". E o que passa depende da capacidade de ensino do mestre.

Segundo, os alunos não se habituam a pensar por si mesmos. A única fonte do seu conhecimento é o mestre, e nunca procuram ir além. Ficam-se pela mediocridade, e não há inovação.

Terceiro, o mestre passa a ser visto como o detentor de todo o conhecimento, o limite superior do conhecimento. Quando isso acontece, as pessoas esforçam-se a obter apenas um pouco menos que o conhecimento que o mestre tem, e nunca além dele. Não há inovação. E o mestre torna-se uma pessoa soberba, convencida.

Quarto, o aumentar do conhecimento está limitado à capacidade de ensino do mestre, e a inovação fica a cargo de uns quantos mestres ao debaterem entre si. O resultado é que essa inovação, se acontecer, só chegará ao resto das pessoas se os mestres tiverem a capacidade de transmitir a visão de uma forma apaixonante.

Se ao contrário disso todos tiverem a atitude de aprofundar esse conhecimento que está a ser debatido, no fim o conhecimento global (mestre + alunos) terá aumentado, e surgirá a inovação. E não será preciso aos mestres motivarem os alunos a seguir o caminho inovador, uma vez que fazendo parte do processo, todos estarão motivados a ir em frente. A forma mais fácil de motivação é tornar as pessoas parte de todo o processo. Todos aprenderão mais, e todos estarão motivados a agir nesse novo conhecimento (incluíndo o mestre).

Nota: Inspirado aqui.

Nota 2: Com Jesus é diferente, porque ele tem o conhecimento absoluto, logo pode ensinar num só sentido. Mas mesmo assim ele escolheu ensinar através do relacionamento e do debate, como podemos ver nas escrituras.

Velho do Restelo

Muitas boas ideias são mortas à nascença por nos armarmos em "advogados do diabo", ou usando a versão mais tuga, "velhos do restelo". É fácil criticar as ideias dos outros, especialmente porque não nos deram trabalho nenhum. Mas armar-nos em velhos do restelo tem duas consequências óbvias.

Primeiro, derrotamos à partida uma ideia que poderia ter sido muito boa. Quantos de nós continuamos a defender uma ideia que acabamos de ter se as pessoas à nossa volta a deitarem abaixo? Por melhor que essa ideia seja, é natural desistirmos dela. Em vez de começarmos logo a mostrar o lado negativo dessa ideia, é melhor começarmos a debater em como fazer dessa ideia um sucesso. E se no decorrer do debate chegarmos à conclusão de que aquilo não tem pernas para andar, então aí sim, desistir.

Segundo, se a nossa atitude em relação às novas ideias é sempre negativa, as pessoas vão desistir de dar novas ideias. E sem novas ideias, sem inovação, estagnamos, e tornamo-nos irrelevantes ao mundo à nossa volta que continua a evoluir.

Nota: Inspirado aqui.

03 janeiro 2006

Parábola do rei construtor

Um dia um rei decidiu fazer uma cidade. Decidiu que seria a melhor cidade do mundo. As casas seriam grandes, as ruas seriam largas, haveria espaços verdes por todo o lado, zonas recreativas, transportes rápidos e baratos, lojas com produtos de qualidade a um bom preço, todo o tipo de serviços sem filas de espera. Planeou tudo muito bem, sozinho, e depois mandou construir a cidade.

Assim que concluiu a cidade, declarou aos seus súbditos o que havia feito, e convidou-os a mudarem-se para a nova cidade. No entanto ficou boquiaberto quando reparou que ninguém quis ir para lá. A cidade poderia ser maravilhosa aos olhos do rei, mas os seus súbditos não tinham feito parte do processo de planeamento da cidade, nem tão pouco no processo de edificação. E olhando para a cidade, não a viam como sua. Vendo bem, nem era aquilo que realmente desejavam, apenas era o que o rei pensava que eles desejavam.

Por isso os súbditos decidiram na maioria continuar onde estavam, perto das suas famílias, perto dos seus amigos, nos sítios que sempre conheceram e aprenderam a amar. Os poucos que foram para a cidade foram os que não tinham qualquer tipo de relacionamentos. E assim a cidade tornou-se um sítio frio e vazio, sem relacionamentos chegados entre as pessoas. E o rei nunca percebeu porquê...

02 janeiro 2006

Sem relacionamento não há comunidade

Um grupo de pessoas pode fazer imensas coisas, pode fazer todo o tipo de obras: Alimentar os famintos, formar os incultos, mudar a sociedade, e toda a forma de acções positivas para a sociedade. Mas ainda que façam tudo e mais alguma coisa, sem relacionamento entre elas, não são uma comunidade. E se não são uma comunidade, mais tarde ou mais cedo aquilo que estão a fazer deixará de existir, não haverá continuidade.

Sem relacionamento não há comunidade

Transparência

Desconfio bastante das pessoas que nunca têm problemas comigo, ou com a minha forma de pensar. Isso só pode acontecer por duas razões (que eu me lembre): Ou a pessoa é exactamente como eu, ou a pessoa esconde-me as suas diferenças. E eu acredito que todas as pessoas são diferentes, por mais parecidas que sejam.

No fundo, a pessoa que está sempre em concordância comigo não está a ser transparente. Está a procurar agradar-me de uma forma doentia, mostrando uma máscara, ou na melhor das hipóteses, uma ténue imagem do que ela realmente é. Quem concorda sempre comigo, nunca poderá ser meu verdadeiro amigo, pois eu nunca o conhecerei verdadeiramente. E sem verdadeiro diálogo (leia-se debate, dicussão, divergências de opinião), nunca haverá o relacionamento que é necessário haver entre os membros de uma comunidade.

Não devemos ter medo de mostrar as nossas opiniões e gostos, mesmo quando isso diverge do que os outros pensam e sentem. O problema não está em sermos diferentes, mas em não sabermos aceitar as nossas diferenças. O problema não vem de sermos transparentes, mas sim de sermos intransigentes. E é com esse problema que devemos lidar.

Mais fotos da criação de Deus

Quanto mais observo a natureza, especialmente as aves, mais me convenço que isto tudo não é fruto do acaso. Aqui ficam mais uma fotos que fui pondo no flickr:

Camão (Porphyrio porphyrio)Carraceiro (Bubulcus ibis)Ostraceiro (Haematopus ostralegus)
Pato-trombeteiro (Anas clypeata)Rola-do-mar (Arenaria interpres)Ganso-do-egipto (Alopochen aegyptiacus)
Maçarico-das-rochas (Tringa hypoleucos)Carriça (Troglodytes troglodytes)Periquito-rabijunco (Psittacula krameri)
Trigueirão (Emberiza calandra)CaranguejoCasal Periquito-rabijunco (Psittacula krameri)
Maçarico-real (Numenius arquata)Casal Cegonha-branca (ciconia ciconia)Casal Ostraceiros (Haematopus ostralegus)