25 janeiro 2006

Não fazemos as coisas com qualidade e segurança

Se por um lado levamos as coisas demasiado a sério, por outro lado, por incrível que pareça, fazemos as coisas sem qualidade e sem segurança.

Quantas igrejas conseguem apresentar projectos sociais com qualidade suficiente para receberem fundos comunitários? Quantas igrejas conseguem apresentar um projecto com qualidade para receber terrenos para a construção de instalações? Ou pior, quantas igrejas sabem que essas coisas existem?

Quantas igrejas têm extintores, planos de evacuação, caixas de primeiros socorros? Quantas igrejas têm seguros contra incêndios, roubos, acidentes? Quantos acampamentos e saídas são feitos sem os seguros obrigatórios?

4 comentários:

Jorge Oliveira disse...

As Câmaras Municipais, muitas vezes também, não querem aprovar os projectos...

Nuno Barreto disse...

Não digo que isso aconteça sempre, mas muitas vezes não os aprovam porque os projectos estão mal feitos. Um dos erros mais comuns é a necessidade que as igreja sentem de tornar um projecto social num projecto religioso, colocando coisas "espirituais" no projecto. Como o estado tem de ser laico, esse tipo de projectos é imediatamente eliminado.

Lev T. disse...

Esta questão das camaras municipais é o casa da minha igreja. Temos todos esses requisitos que mencionas Nuno, seguro de incêndios, de trabalho de recheio e tudo o mais, mas sabes na nossa cidade da câmara não recebes nada não importa o que diz a lei. Não nos dizem não na cara mas têm o poder de protelar decisões por anos a fio.

Agora quanto ao teu artigo, acho que mais uma vez pecas pela geralização, sabes nem todas as igrejas são assim, pelo menos como as que tu conheces e criticas. Desculpa-me a sinceridade mas perece que há "vida para além" da crítica que apresentas.

Abração

Filipe Spinner

Nuno Barreto disse...

A questão que eu lançava no artigo era de que a maioria das igrejas não faz as coisas com qualidade e segurança, o que não evita que hajam excepções, e fico feliz por ver que o vosso caso é uma excepção.

Quanto às câmaras, sim, sem dúvida que as decisões são feitas muitas vezes com base em preconceitos, e o facto de o projecto social estar bem feito não garante que seja aprovado. Mas ajuda muito.

Na minha experiência estão várias igrejas que tiveram várias oportunidades, e não as aproveitaram porque não conseguiram apresentar projectos com qualidade. Em alguns dos casos foram as próprias câmaras que tiveram a iniciativa de contactar essas igrejas, dizer que as apoiavam e as igrejas meteram o assunto em comissões que levaram mais de um ano (!) a decidir não sei o quê, até que a oportunidade foi perdida.

As críticas que faço aqui no blog são generalistas de propósito, são para servir a quem quiser. Nunca irei nomear pessoas e igrejas, porque para aprendermos com o exemplo dos outros, não precisamos de saber o seu nome.