07 dezembro 2005

Quero isso em grande

Hoje, nas igrejas portuguesas, estamos a ver as consequências de uma política de quantidade em detrimento da qualidade. As maiores igrejas portuguesas estão em declínio, perdendo assistência a cada semana que passa.

A qualidade pode ou não gerar quantidade, mas a quantidade nunca gera qualidade. Usámos grandes campanhas evangelísticas com grandes máquinas de marketing por detrás, que venderam um cristianismo fácil, em que bastava fazer uma oração a Jesus, e todos os problemas seriam resolvidos. Um cristianismo baseado no que podemos receber de Deus, e sem sacrifícios da nossa parte.

Depois, ficámos admirados por as pessoas não se negarem a elas próprias, não se tornarem verdadeiras discípulas de Jesus, e não estarem dispostas a morrer por ele. Ficámos admirados por as pessoas terem uma atitude egoísta, em que o que importava era saber o que ganhavam com o cristianismo, e não o que podiam fazer por Cristo ou pelo próximo. Ficámos espantados por essas pessoas não se interessarem em fazer parte da força activa da igreja, e por acharem suficiente ir assistir à missa/culto de Domingo. Ficámos estupefactos ao ver essas pessoas saltarem de igreja em igreja, indo para a igreja que tinha as reuniões com a música mais fixe, ou à que estava na moda. Por fim, culpámos as pessoas de serem assim, esquecendo-nos de que as pessoas são apena aquilo que as ensinámos a ser.

Agora, é preciso começar de novo...

PS- Inspirado aqui.

1 comentário:

Ver para crer disse...

Estou completamente de acordo com o teu post. O facilitismo não resolve coisa nenhuma.
Aquele que não estiver disposto a levar a cruz não vai a lado nenhum.
E mais: o caminho fácil e a porta larga levam à perdição.