30 junho 2005

Tomá lá 1 euro, mas não o gastes todo no mesmo sítio

Olhando por alto para os orçamentos das igrejas que conheço, acho que pelo menos 90% do orçamento é gasto com o edifício, despesas correntes do edifício, e com os pastores. Isso sem contar com outras que conheço que às vezes nem têm o suficiente para dar aos pastores por se terem endividado com o edifício. Ou seja, na melhor das hipóteses, sobra 10% do orçamento para trabalho social, evangelismo, e outras coisas que realmente fazem a diferença.

Se compararmos com o judaísmo, e falando só dos dízimos, a grande maioria dos dízimos ia para os pobres, as viúvas, e os estrangeiros. Aquilo que ficava para o templo, ou seja, para o edifício e sacerdotes, era de cerca de 1/3 (Um dia destes escrevo acerca do dízimo e como chego a estes valores). Na igreja do primeiro século a questão quase nem se punha. Não tinham edifícios, e muitos dos líderes tinham um trabalho para os sustentar, com excepção dos apóstolos que estavam em Jerusalém. O próprio Paulo de vez em quando trabalhava para ter sustento. No entanto, como diz a Bíblia, tinham tudo em comum, e ajudavam todos os que precisavam.

Não estou aqui a dizer que a igreja não deve ter edifícios ou líderes assalariados. Estou a dizer é que 90% do orçamento ser gasto nisso é muito.

2 comentários:

Paula disse...

É um assunto p ser reflectido...

Anónimo disse...

Muito bem, isto faz-me lembrar novamente a história da estufa. Para quem não está a entender vá ler o meu comentário do post dos "Edifícios q.b."
Tudo para a estufa.
Ainda bem que eu já me "desestufei"!!! :)