07 agosto 2005

Venha a mim

Deus deve ser o centro da vida do cristão. É por ele e para ele que vivemos e morremos. No entanto é fácil cair no erro de voltar a centrar a nossa vida em nós próprios.

Um bom exemplo disso, é quando se começa a olhar para o que Deus pode fazer por nós em vez de o que nós podemos fazer por ele. De repente as orações e as conversas passam a ser sobre as mil e uma formas de Deus nos abençoar, e não sobre a forma como nós podemos agradar a Deus e ajudar os outros.

Vou ser ainda mais específico. A pessoa que procura agradar a Deus, fá-lo sem pensar nas bençãos que vêm daí. Porque ela está a pensar em Deus e não em si. A pessoa que procura as bençãos de Deus está constantemente a falar da recompensa, e que Deus abençoa os seus servos, e que Deus supre os desejos do coração dos seus filhos, e por aí. O que, pelo menos em parte, são verdades. Mas não devem ser o nosso alvo. Por vezes parece que Deus é tratado como o nosso moço de recados. Olha, faz isto. Faz aquilo. Eu quero isto assim.

Vou dar alguns exemplos de bufas teológicas deste género. A pessoa que pede para o seu superior ser demitido para que ele possa subir de posto. Ou o que aldraba nos impostos e pede a Deus para não ser apanhado. Ou o que pede para que certa pessoa seja obrigada a fazer algo. Ou o que pede para que alguém não consiga vender a outra pessoa a não ser a nós. Ou todo o tipo de pedido que implica prejuízo em alguém, ou que fazem as coisas à nossa maneira. Se alguém fica prejudicado, esse é um pedido que não é feito em amor, e não podemos esperar que Deus responda a esses pedidos. Pedir a Deus algo que claramente prejudica alguém é sinal de que o amor de Deus, que cai sobre o ímpio e sobre o justo, não é compreendido.

3 comentários:

Anónimo disse...

A verdade é que nós devemos adorar a Deus por aquilo que Ele é e não por aquilo que Ele nos dá ou eventualmente pode dar.
Já pensaram na situação em que deixamos o nosso Pai quando, por exemplo, dois crentes de clubes diferentes pedem para que seja o seu a vencer o campeonato? A qual destes dois filhos, que o Pai tanto ama, fará a vontade? Claro que a nenhum deles.

Anónimo disse...

Como é engraçado saber que Deus fala do mesmo assunto de maneira diferente ...

Ontem, aqui no CCFV, não houve mensagem (no sentido "normal" do termo na sequência "normal" da celebração), o Espírito não nos levou para essa parte, no entanto recebemos exactamente a mesma mensagem ... devemos adorar a Deus pelo que ele é e não pelo que ele nos faz.

Ele é mesmo grande ... e nós tão pequenos, e não nos apercebemos da Sua Grandiosidade.

Paula disse...

Olá, estou de volta :)
Totalmente de acordo...